terça-feira, 26 de junho de 2012

A saga do pé quebrado


Bem, vou iniciar um relato sobre o último pequeno incidente com grandes proporções ocorrido em uma madrugada de verão em 2011. Após sair para beber com uns amigos estrangeiros  no Mud Bug, ser sequestrada por uns amigos de Campos em seguida para beber em um bar em Ipanema e finalizar a noite dançando em um local não identificado, chego em paz em meu apartamento.

Já dentro dele, me preparei para colocar o despertador para tocar o mais tarde possivel para que eu pudesse dormir, sem me atrasar muito para o trabalho, claro! Eis que me deparo com a hora: 5h da manhã! Em pânico, saio correndo para o quarto para dormir o quanto antes, como se alguns minutos dormindo a mais fossem de fato fazer uma grande diferença.

Nesta corrida, obtive sucesso em ultrapassar todos os movéis da sala, entretanto, a parede do quarto não me deixou passar ilesa por ela. Eis que eu vou e o meu dedo do pé fica.

Quanta dor!!!!!!!!!!!!!!!! Quando olho para o meu pé, percebo que o meu terceiro pododactilo (dedinho do pé) estava cruzado com o seu vizinho, o senhor quarto pododactilo. Fratura exposta, segundo os médicos. Como o nível alcoolico estava acima da média, a dor foi sentida de forma leve para moderada, aumentando gradativamente ao longo do tempo. Calmamente, mentira, estava em pânico, me abaixei apoiando na parede e coloquei o dedo na posição inicial, ou seja, olhando para o norte.

Ainda estava escuro e eu já havia arracando toda a minha roupa, "O que fazer?" pensei. Ainda neutralizada pelo alcool, fui para cama e acabei adormecendo.

Às 7:10 meu celular do trabalho tocou de forma desesperada. Quando percebi, havia dormido com o meu celular particular em mãos e na tela dizia "Ajustar Despertador". Em pânico, novamente, sai mancando até achar o celular da empresa. Como o murphy não dorme nunca, era meu chefe perguntando aonde eu estava. Para constar, meu horario de trabalho se iniciava às 7h da manhã.

Após ter cerca de 2 minutos para explicar que estava com um problema particular e que eu deveria passar em um hospital antes de seguir para a obra, fui ignorada e o mesmo me deu cerca de 20 minutos para estar em meu ambiente de trabalho.

Como toda boa engenheira, fiz um cálculo mental rápido e descobri que eu deveria sair de casa em no máximo 5 minutos.

Sem tomar banho, sem tomar café da manhã e totalmente perfumada, sai de casa meio tonta, mancando e com um rabo de cavalo para esconder a oleosidade natural dos cabelos lisos. Meu porteiro, que havia aberto o portão às 5h da manhã para eu entrar, ficou perplexo com a minha agilidade e se assustou com o meu pé mancando e o meu cabelo seboso enrolado em um rabo de cavalo.

Cheguei ao estacionamento e peguei o carro. Como acelerar?? O freio estava ao alcançe, ok, mas e o acelerador?? Com o calcanhar no acelerador, fui rezando até a obra.

Cheguei na obra às 7:40, com um sorriso estampado no rosto, para que ninguém percebesse que eu tive vida social na noite anterior, implorando por meio litro de café e caçando meu chefe. Mancando e de chinelo de dedo cheguei até a sala de reunião e meu chefe ignorou o meu estado físico visivel.

A reunião comecou às 8h da manhã e se estendeu até a hora do almoço. Havia esquecido que havia agendado uma reunião com os advogados na parte da tarde, sendo assim, ainda não poderia fugir para o hospital.

Às 20h, sai da obra. Segui para o hospital dirigindo com o objetivo de conseguir um remedinho para aliviar a dor. Tentei ligar para a minha prima para que ela me acompanhasse. Infelizmente, como murphy não facilita, ela estava em uma ópera e não pode me atender. Vocês sabem em quantas óperas a minha prima já foi em toda a sua vida? Uma! Neste exato dia, claro!

Após uma hora aguardando, um médico resolveu me atender. Não vou entrar no mérito de criticar a saúde pública, muito menos os hospitais particulares. Raio-x, dores, inchaço e eis o tão esperado laudo médico: "Senhora Viviane, a senhora quebrou o dedo do pé"! Juro que eu ri e cheguei até a duvidar da competência do lindo doutorzinho, que preciso comentar, era de fato muito gato. Ele ficou abismado da forma como eu relatei o acontecimento e com a minha frieza em colocar o dedo no lugar.  Após muito papo e risos, ele me deu os parabéns pela excelencia na colocação meu dedo no lugar e agendamos encontros semanais naquele mesmo hospital durante as três semanas que seguiriam.

Fiquei dirigindo a 60km/h pela Linha Vermelha acelerando com o calcanhar e com uma tala no pé. Como eu já estava com a EuroTrip 2011 agendada, fui obrigada a fazer uma gambiarra no tempo imposto pelo médico. Uma semana antes da data planejada pelo médico para tirar a tala, eu resolvi tirar por conta própria. Murphy é sinistro, mas meu anjo da guarda é muito mais. Tirei a tala no sábado e na segunda feira de manhã sofri um acidente de carro no Rio de Janeiro. Vocês já imaginaram se eu estivesse com a maldita tala no pé e dirigindo?!

Murphy zero, anjo da guarda 1.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

2ª Receita para preguiçosos: Tomate Recheado com Ricota




E ai galerinha, conseguiram fazer os Mini Cupcakes ??? Espero que tenha dado certo!

Agora vamos partir para uma receita salgada, rápida e prática. Além disso, é uma receita deliciosa, leve e com poucas calorias. Adoro!!! 

Geralmente o tempo de preparo é de 25 minutos, sendo 10 minutos "trabalhando" e mais uns 15 minutos aguardando o forno trabalhar.

Valor nutricional por porçao: 123 Kcal

Tomate Recheado com Ricota

1º Passo) Vá ao Hortifruti mais perto de sua casa e compre os seguintes ingredientes:

4 Tomates médios/Grande (em média R$ 2,00)
1 pote de creme de Ricota Light (em média R$ 5,50)
1 pote de castanha de caju moida (em média R$ 15,90)
2 a 3 dentes de Alho
Azeite
Queijo Ralado a vontade

2º Passo) Corte a cabeça dos tomates e os limpe tirando toda a polpa para abrir espaço para o recheio. Eu costumo cortar o minimo de tampa possivel para aproveitar o máximo do tomate. A polpa do tomate da para ser aproveitada como molho em algum outro prato!



3º Passo) Pique/Amasse de 2 a 3 dentes de alho e coloque duas colheres de azeite para dorar em uma frigideira. Quando o alho já estiver com aquela corzinha bonita, jogue duas/três colheres de castanha de caju moida e desligue o forno logo em seguida. Importante: A castanha fica preta muito rápido, então cuidado para não perder o ponto. Neste passo ainda, e com o forno desligado, deve-se despejar o pote inteiro de creme de ricota. Misture bastante.

Alho e Azeite

Alho, Azeite, castanha e creme de ricota misturado

 
4º Passo) Ligue o forno para e o deixe esquentando por uns 5 minutos. Enquanto ele esquenta vamos colocar os tomates abertos e sem a "cabeça" em um refratário e o rechea-los com a "pasta" que você acabou de fazer no 3º passo. Assim que todos estiverem com seus recheios, acrescente queijo ralado a vontade no topo.

5º Passo) Coloque no forno para que o o queijo derreta. Geralmente eu não demoro mais do que 15 minutos no forno. Se o tomate ficar durante muito tempo sobre alta temperatura, ele perde a sua textura e começa a ficar molenguinho demais.

Fácil e delicioso!! Tenho certeza de que vocês vão adorar!!!!!


Dicas Importantes:

1) Não substitua a castanha por nada, é ela quem da todo o sabor no prato!

2) Excelente prato para servir com arroz e batata palha! Trio infalivel!! :)



quarta-feira, 6 de junho de 2012

1ª Receita para Preguiçosos: Mini CupCake de Nutella





Fala viajantes de plantão, tudo bem???

Se você, assim como eu, não é muito fã de ficar perdendo tempo na cozinha, mas odeia ser desafiada pelas amigas, vou ajudar vocês a calar todos com uma receita super tranquila e deliciosa para fazer em casa e deixar todos de boca aberta!!!

Sempre implicaram comigo por morar sozinha a quase 4 anos e nunca me arriscar na cozinha. Com o objetivo de provar aos meus amigos que na verdade, cozinhar é muito fácil, mas que eu prefiro utilizar as refeições como um momento social e ir comer fora, resolvi me arriscar na cozinha e convida-los para experimentar.

Mini Cupacke de nutella

1ª Passo) Levantar a bunda do sofá e ir comprar uma mistura para bolo de chocolate (R$ 2,00) de qualquer marca. Atrás do pacotinho terá outros ingredientes necessários, como manteiga e ovos. Lembre-se de comprar esses ingredientes também. Para a cobertura, comprar o maior pote de Nutella (R$ 13,95) que você achar e 1 pote de creme de leite (R$ 2,00).


2º Passo) Ir até alguma loja de festa infantil e procurar um tabuleiro de mini cupcake com o número de cupcakes que você quiser. Eu comprei um com 12 buraquinhos, pois foi o único que eu achei. O bom desse tabuleiro, é que da para você fazer empadinha nele também. A forma que eu comprei me custou R$ 23,90.

Forma de Mini Cupcake

Nesta mesma loja, deve-se comprar as forminhas para mini cupcake que vão ao forno (R$ 2,50 para 45 unidades) e enfeite colorido (R$ 5,95 o pacote) ou de brigadeiro, caso queira. Aproveite e compre um saco de confeitar (R$ 4,50) e um bico (R$ 5,00 + R$ 1,50 para a "rosca") para desenhar a cobertura. Geralmente se usa um bico grande, mas como eu queria que ficasse mais delicado pedi um bico menor.


Saco para Confeitar + Bico


3º Passo) Ficar intimo de sua cozinha e misturar os ingredientes conforme a receita atrás do pacote da mistura mandar. Bater de leve à mão por uns 5 minutos. Assim que estiver tudo uniforme, pegar as forminhas e ir enchendo pela metade cada forminha. Essa é uma fase muito importante, pq se transbordar fica muito feio! E ninguém gosta de cupcake feio, né??

4º Passo) Coloque a forminha ao forno, seguindo as instruções do pacote da mistura que você escolheu. Eles vão começar a inchar muito rápido e vão ficar lindos, mas eles ainda não estarão prontos em tão pouco tempo. Assim que você começar a sentir um cheiro delicioso, ou quando estiver completando uns 15 minutos no forno, enfie um espetinho ou uma faca para saber como ele está. Se por acaso sair algum pedaço de bolo junto com o objeto enfiado, ele ainda não esta ok.

5º Passo) Tire os cupcakes do forno e é hora de preparar a cobertura. Em um pote limpo e fundo, jogue a Nutella e vá misturando o creme de leite mexendo sem parar. Quanto mais você dissolver, mais a Nutella irá render, entretanto, é importante não deixa-la muito aquosa, senão a cobertura não irá ficar firme! Depois de misturada, coloque umas 3 colheres da cobertura no saco para confeitar e é hora de brincar com a imaginação. Castelinho de cobertura, caminho de rato, recadinhos, enfim, use sua imaginação para fazer a parte de cima do cupacake.

Dicas importantes:

1) Caso você perceba que a cobertura é muito pouca para a quantidade de cupcake que você estiver fazendo, faça a cobertura de forma linear com a ajuda de uma colher. Eles não ficaram tão bonitos, mas o sabor não irá modificar;

2) A receita com o brigadeiro é bem mais barata. Caso queira que todos os cupackes tenham aquela aparência linda com os castelinhos, sugiro utilizar essa cobertura;

3) Não deixe os cupcakes prontos em local abafado, pois eles podem derreter e ficar oleosos. Eu coloquei os meus na geladeira e isso intensificou o gosto da Nutella.

Agora é hora de abrir a boca e mandar ver!


Agradecendo a participação da minha querida amiga Luciana Myuki que conseguiu chegar a tempo para garantir que a casa não fosse queimada.

terça-feira, 5 de junho de 2012

[EuroTour Dublin] The Irish Luck


Missão: 3 dias turistando por Dublin
Ano: 2011
Ida: 14/06/2011
Retorno: 17/06/2011
Saldo da viagem: Perfeito!!

Antes de começar a descrever a minha incrivel experiência por Dublin, preciso iniciar esse texto relatando o real motivo de ter ido conhecer a Irlanda.

Sou apaixonada por livros de "menininha", no estilo de literatura da Helen Fielding e Candace Bushnell, sendo assim, fui praticamente induzida a conhecer a escritora irlandesa Marian Keyes. Em toda a sua coleção, os personagens são irlandeses ou viviem na Irlanda. Muitos dos livros se passam em Dublin e devido a sua descrição detalhada sobre a vida dos irlandeses, é impossivel não desejar conhecer esta país. Além dela, o filme "PS: I love you" e "Casa comigo?" me apresentaram uma Irlanda até então desconhecida.  

Como não desejar experimentar fazer compras  na Henry St. e na Grafton St., passar a tarde namorando ou fazendo um piquinique no St stephen´s Green, tomar uma pint bem gelada na região do Temple Bar, ouvir música celta em todos os pubs, cantar bem alto a música "The Galway Girl",  passear pelos castelos medievais,  ler um livro nos jardins da Trinity college, além do mais, em que outro país a mulher faz proposta de casamento no dia 29 de fevereiro e o homem não pode recusar??

Nossa, eu precisava conhecer essa cultura!!!

14 de Junho de 2011, Dublin, Irlanda



Cheguei aproximadamente às 17h no aeroporto. A fila de imigração estava mais vazia do que a de Paris e a de Londres. O voo em que eu estava era local, ou seja, pouco utilizado por estrageiros, assim, a fila dos "europeus" estava muito maior que a nossa. Eu havia comprado as passagens duas semanas antes de viajar em uma promoção relâmpago on-line. A passagem Londres - Dublin estava custando apenas 1 euro!!!  Com as taxas, o preço ficou em aproximadamente 30 euros. Perfeito, né???

Bem, havia três brasileiras na minha frente na fila da imigração e na hora delas, elas foram questionadas em inglês sobre o motivo da viagem e o local em que iriam se hospedar. Elas  se entre olharam e em um inglês bem capenga, uma delas disse que não havia entendido nada que o rapaz havia perguntado. Fiquei perplexa de como as pessoas tinham coragem de sair de sua humilde residência para viajar o mundo sem saber o MINIMO da lingua inglesa. Sem muitos questionamentos, todas foram aceitas e conseguiram entrar no país. Para sorte dessas brasileiras, o rapaz da imigração falava um portunhol e conseguiu conversar com elas.

Era a minha vez e fui toda sorridente, afinal, estava com toda a documentação em mãos e louca para conhecer a Irlanda. Após meia hora de questionamentos sobre tudo, aonde ficaria, se tinha dinheiro, o que me prendia no Brasil, passagem de retorno, se conhecia alguem por lá e afins, fui questionada no detalhe o real motivo de ir para lá. O rapaz da imigração estava intrigado, visto que eu sabia inglês. Ele me disse que brasileiros vão para a Irlanda para aprender a lingua e ponto, e como eu já sabia, ele precisava ter a certeza de que eu não iria para lá trabalhar. Novamente apresentei as passagens comprovando o que eu já havia dito anteriormente. Depois de quase meia hora de conversa, ele enfim, me liberou para entrar no país, mas diferente de todos os outros imigrantes, ele me deu um visto de somente 7 dias e disse que se eu fosse pega sem visto eu seria deportada. Será que eu tinha realmente cara de terrorista?!

Após autorizada a minha entrada, eu cheguei a achar que estava sendo assediada pelo rapaz da imigração, mas depois de 3 dias na Irlanda, vi que a atitude dele era algo normal por lá. Ele havia se oferececido a mostrar o seu restaurante predileto em um jantar e me passou o telefone dele para caso eu precisasse de algo. Obvio que guardei o número por precaução, não por interesse!

Ainda no aeroporto, procurei a cabine de turismo para que eu pudesse me localizar e conseguir um mapa da cidade. Fui muito bem recepcionada por uma menina novinha e loirinha que parecia ter  acabado de ser contratada. Com um sorrisão estampado, me passou todos os mapas que eu precisava, localizou meu hostel, anotou todos os onibus que eu poderia pegar e fez questão de me mostrar a rua principal para compras.

Fui até o ponto de onibus, e como era de se imaginar, fiquei perdida! Após 5 minutos conversando com pessoas que eu havia acabado de conhecer no ponto, me vi dentro do onibus certo, conversando sobre a vida e o mundo com várias pessoas. Quanta simpatia em um só povo. A verdade era que eu ainda não havia conhecido ninguem de fato irlandes, mesmo o rapaz da imigração era imigrante.

Chegando ao meu destino final uma das senhoras que estava proseando comigo no onibus, fez questão de descer antes do ponto dela na mesma estação que a minha e me levar para conhecer os melhores lugares para compra. Ok, pelo visto acho que eu tinha cara de terrorista sacoleira!!

Já bem informada sobre aonde comprar, fui procurar o meu hostel. Eu fiquei no hostel The bunkhouse. O hostel é muito bem localizado e seguro. A rua em si não é muito bonita, mas é muito próxima a O´connel, uma das principais da cidade. Assumo ter caçado pela estadia mais barata possivel na região central. Se me lembro bem, a diária saiu por cerca de 12 euros a noite em quarto para 6 pessoas, mas na verdade, não dividi com ninguém.

Fiz check in, tomei banho e sai rumo ao Temple Bar. Coloquei uma roupa passivel de seguir direto para uma balada e fui sorrindo e feliz. Sabia que em plena terça feira, não iria encontrar muita gente na rua, mas fui enganada pelos meus pensamentos. O bar Temple bar estava LOTADO! Descobri que havia um guitarrista chamado Dave Brown tentando quebrar o recorde de 100 horas tocando sem parar lá. Pelo que me atualizei agora nos sites da vida, ele ficou 114 horas tocando sem parar. Parabéns para ele!!!

The Temple Bar

Importante salientar que enquanto andava rumo a esta região, fui apreciando o lugar com a minha cara de pastel tradicional. Quando estava atravessando a ponte do Rio Liffey e apreciando um prédio que tem um letreiro com a marca da heinekein gigante, um cidadão de bicicleta que estava passando ao meu lado me deu um "oi". Olhei para o lado intrigada, pois a voz havia vindo de muito perto e não havia muita gente naquele momento atravessando a ponte. O rapaz novamente me deu um "oi" e perguntou se eu era aluna nova. Eu disse que não e começamos a conversar. Ele me informou que era muito normal nessa época do ano os novos alunos irem procurar lugar para morar e afins.

Ficamos conversando durante um bom tempo e ele se ofereceu a mostrar a região. Não vou entrar no detalhe sobre este cara, pois como já pode-se imaginar, ele era maluco. Ele começou a falar umas coisas sem sentido e que eu ficava na dúvida se era inglês ou qualquer outra lingua. O rapaz era da Eslováquia e estava estudando algo que eu não consegui entender.

Percebendo o disturbio mental da criatura, trocamos contato e eu fugi para a farra. Inicialmente fui para o Temple Bar, mas como este estava lotado, eu fui andando na região procurando algum outro lugar para ficar. Percebi que não se vendia bebida nas ruas e os pubs não deixavam ninguem sair com copo, visto que a "pint" era vendida em copos de vidro. Cada pint de guinness custava cerca de 5 euros, o que sinceramente não era barato, mas valia a pena. Não vender bebida na rua não era sinonimo de não haver gente bebendo nela. Encontrei com muita gente bebendo sua própria cerveja nas ruas e fumando um baseado, o que também é super normal por lá.

O primeiro ponto importante para se comentar sobre a Irlanda é o fato da música irlandesa ser MARAVILHOSA. Amei o estilo celta de ser. Nunca pulei e senti tanto uma música como aquela!!!

Segundo ponto importante é o fato de ter muito imigrante estudando no pais, deixando as ruas bem coloridas e animadas. Fiz amizade com brasileiros, argentinos, muitos americanos e australianos.

Terceiro ponto é comentar que Amsterdam é para os fracos, na Irlanda você tem todo o beneficio e mais :x.

Às 4AM, resolvi ir embora, pois estava um lixinho. Havia acordado muito cedo para aproveitar o último dia em Londres e como descrito no post anterior, a correria foi grande. Sendo assim, comecei a andar tentando me localizar, mas não sei se foi o alcool ou se foi a memória fraca, eu não consegui me lembrar muito bem o caminho até a rua principal. Lembrei de que se eu achasse o Rio Liffey, eu poderia tentar me localizar utilizando o letreiro brilhante da heinekein. Pelo menos era isso que eu achava.

Enquanto eu andava perambulando perdida, percebi que estava andando em circulos. Sendo assim, parei para tentar pensar e me organizar mentalmente. Consegui achar uma rua pequena que ia de encontro  com outra menor ainda e consegui visualizar através dela uma ruazinha que ia de encontro a um rio, que aparentemente seria o Liffey. Sem pensar duas vezes, entrei nessa ruazinha e sai correndo rumo ao rio, para evitar encontrar pessoas indesejadas no caminho. Para a minha alegria, Dublin pareceu ser um lugar bem seguro para perambular durante a noite. Não sei se é pelo fato dela ser uma das cidades com melhor qualidade de vida da Europa ou o fato de ser realmente muito frio, mas eles não deixam pessoas morar nas ruas. Enfim, voltando para a minha corrida pela rua pequena e escura, corri até chegar na luz, só que para o meu azar, ou sorte, depende do ponto de vista, eu esbarrei em um francês que parecia estar indo para alguma festa. Com uma pint em mãos, ele brindou com a minha mão, fingindo ter um copo imaginário nela e me deu os braços falando "Let´s party".

Admito que fiquei assustada. Ou eram todos loucos ou falar com desconhecidos era algo muito normal naquela cidade. Como o francês me passou confiança, resolvi arriscar e ir curtir com ele. Eu já havia me localizado no mapa mental, então aquele pavor de 5 minutos atrás já havia desaparecido.

Fomos para vários pubs e o Deena, o meu novo amigo francês/indiano, me apresentou a várias pessoas. Ele já morava a muitos anos por lá e pelo que percebi, era um frequentador assiduo das noitadas. Vimos vários pubs se fecharem e finalizamos a farra de manhã cedo tomando café da manhã no subway. Ele trabalhava no turno da manhã por lá, então, já aproveitamos e nos separamos, eu para o hostel dormir e ele para o trabalho. Trocamos contato e marcamos de bagunçar daqui a 36 horas, afinal, ele iria partir de um turno de trabalho no subway para um turno de trabalho em uma empresa de contabilidade e iria seguir para um turno de trabalho em uma loja de gifts irlandeses. Dormir?? Ele disse que as vezes conseguia quando ficava em um turno da madrugada em algum lugar. Doideira né?

Enfim, não tive muitos problemas para me localizar e voltar para o hostel.

15 de Junho de 2011, Dublin, Irlanda

Dormi até umas 9h da manhã e parti para o meu primeiro dia de compras. Fui até a famosa Pennys e fiquei no mínimo 2 horas lá dentro. Pijama, sapato, calça jeans, lingerie, coisas de casa, futilidades, "fru frus", enfim, comprei tudo que podia e não podia, por isso precisei aproveitar o embalo e comprar outra mala para conseguir trazer as compras.

Aproveitei o embalo e também me presenteei com um anel lindo da Swarovski,. Pesquisei DVDs e fiquei deprimida, pois descobri que os mesmos não funcionavam aqui no Brasil.

Na loja The body shop eu comprei alguns produtos de beleza e maquiagem com ótimos preços. A atendente não me deixou comprar um produto de tratamento de belza para jovens entre 25 e 35 anos, pois disse que isso era para mulheres mais velhas. Quer elogio melhor que esse???

Uma observação importante, assim como em Londres, o tempo muda da água para o vinho muito rápido por aqui. Sugiro estar sempre equipado com um guarda-chuva.

Conheci uma equipe de "Hop on & Hop off" e acabei fechando com eles. Que azar o meu! Perdi a oportunidade de fazer esse passeio com a equipe do Viking Splash Tour. Não fui neste passeio, mas encontrei com o pessoal várias vezes e parecia ser bem animado. O da equipe que eu peguei era legal, mas era um passei mais tranquilo e bem senhoril.


Depois de passar o dia turistando pela região, era chegada a hora de voltar para os pubs da vida. ooohhh horinha feliz! Dessa vez eu só passei pelo Temple Bar para visitar o Dave Brown e tomar uma pint com o único irlandês que eu conheci em toda a viagem.

Nesta noite eu resolvi arriscar outros pubs e não me arrependi. Enquanto comprava uma cerveja, conheci um australiano que fiquei muito amiga. Ele trabalhava com música de região e havia ficado de me encaminhar uma lista com as músicas que eu mais gostei de lá. Até hoje aguardo a lista.

No embalo da fofoca e nos gritos das músicas celticas, acabei puxando papo com umas americanas malucas que estavam por perto. Além dos europeus acharem que eu fosse americana, as próprias americanas também vieram me pergutando de qual cidade do Texas eu era. Agora além de americana, eu era texana. Hey ya´ll!!!

Enfim, a minha hora já havia dado naquele PUB, sendo assim, eu precisava ir rodar novos ares e abandonar a minha então equipe. Troquei contato com as americanas de uma forma muito incoveniente, mas interessante. Segue foto dos autografos, seguido dos respectivos contatos.

Continue perambulando pelas ruas irlandesas e todos que eu conhecia ficavam surpresos por eu ser brasileira. De fato as mulheres brasileiras aqui perdem um pouco a linha e acabam queimando um pouco o filme das brasileiras no exterior. Mesmo assim, consegui fazer vários amigos e talvez quebrar um pouco desse "preconceito" contra nós.

Quando já havia enjoado de ficar perambulando, resolvi voltar para a minha humilde residência. Afinal, no dia seguinte eu estava planejando ir na fábrica da Guinness e queria estar bem acordadinha para aproveitar o último dia por Dublin.

No caminho para casa, como de costume, fiz amizade com uns Romenos que não falavam inglês mas que quiseram me acompanhar até o hostel que eu estava. Pelo o que eu entendi, eles se sentiram responsabilizados por me dar um susto momentos antes. O susto se resumiu a eles aparecerem na rua escura sem fazer barulho e eu pular e gritar como se tivesse visto uma ratazana passando.

Fiquei com medo da presença deles comigo, mas de qualquer maneira, eles eram tão pequenos que era mais fácil brigar com eles do que com outra possiveis pessoas que poderiam vir a aparecer. Digamos que eu tenha arranjando uns 4 anões para me defender de um possível caçador. Acho que estava assistindo muito filme, ou a magia irlandesa estava tomando conta do meu ser.

Novamente meu anjinho da guarda estava esperto e super acordadinho! Cheguei super bem e dormi.

16 de Junho de 2011, Dublin, Irlanda



Novamente acordei super cedo e fui pegar o onibus para ir a fábrica da Guinness. Sinceramente eu não achei a fábrica isso tudo não, mas como é um ponto turistico da região, achei interessenta ir conhecer.

A estrutura deles é muito legal e de lá é possivel ter uma vista da realidade de Dublin. Até então, eu só havia visto a área "nobre" e central da cidade. É de se imaginar que perto da indústria more as pessoas mais humildes, mas a sensação era de que eu estava em uma favelinha plana.

A área turistica da Guinness esta na imagem abaixo e é em formato de um copo de chopp. Vários vídeos sobre a produção, sobre a história, sobre os comerciais, dentre outras áreas, até se chegar ao andar máximo aonde servem uma pint de "cortesia" (já incluso no valor do ingresso, que era cerca de uns 20 euros).

Tenho que admitir que lá foi o único lugar que eu de fato me senti sozinha. Quase todos os turistas estavam em "bando" e os poucos "solitários" que existiam não estavam no clima de socialização. Conheci um americano que tirou uma foto minha e logo depois desapareceu. Ele parecia ser bem timido, mas acho que não ao ponto de brincar de pique-pega em um ambiente como aquele. Paciência, né? :(

Mapa do passeio - Guinness

 

Turistando pela Guinness



Após o tour, fui novamente passear pela região do St stephen´s Green. O parque é lindo e é lá que os jovens se encontram durante o dia para conversar, fazer piquinique, beber e pegar um bronze de roupa. Muito gostoso!!! Ainda pela região, fui a umas lojinhas de gifts, ao shopping, passei a tarde passeando pelo parque e fui andando até o hostel. Havia combinado de ir jantar com o francês/indiano, caso ele ainda estivesse vivo, claro!

Às 17h o Denna me buscou no hostel e andando, fomos para um restaurante em um lugar que não havia ido ainda. O restaurante escolhido por ele foi o "The Porterhouse". Esse restaurante pelo que pude verificar, é uma rede em Dublin. Super Indico!!! Muito bom! Serviram uma entrada, duas refeições distintas por pessoa e uma sobremesa. A comida é leve e muito gostosa.



Ao sair do jantar, quase às 22h, me deparei com o pôr do sol. Inquieta e impressionada fiquei apreciando a vista até que a segunda proposta de casamento rolou. Por ele ser metade indiano, acho que ele estava na mesma onda do Salman de Londres. Aos 25 anos as indianas devem estar realmente desesperadas por um casamento.

Explicando ao meu amiguinho como as coisas funcionam aqui no Brasil, pegamos um taxi e fomos para o subway novamente. Ele iria pegar um outro turno por lá e eu iria passar minhas últimas horas nos pubs irlandeses ouvindo muita música boa.

Sem querer acabei encontrando novamente o australiano e fomos curtir a noite bebendo muita pint. Digamos que a minha última noite em Dublin foi muito bem aproveitada. Encontrei quase todo mundo que eu havia conhecido nos dias anteriores, o que me fez concluir que a cidade em si não era tão grande quanto eu imaginava, ou que simplesmente as mesmas pessoas frequentam os mesmos lugares.

Antes de ir embora, fui ao subway me despedir do Deena e ele me deu dois presentes legais. Uma caneca verde para eu tomar o meu chá e uma pedra da sorte para me acompanhar na viagem. Ownnn!!! Conquistei mais um grande amigo!

Bem, como de costume, no meu caminho para o hostel fiz amizade com um africano. Este, diferente de todos os outros, possuia um inglês maravilhoso e fácil de entender. Expliquei a ele que já era tarde e que precisava ir embora. Havia agendado um taxi coletivo para as 4h da manhã e meu voo estava agendado para as 6h.

Cheguei ao hostel e triste, fui embora rumo a Viena - Austria.

Dicas Importantes:

1) Melhor lugar até agora para fazer compras. A tal da Pennys é gigante e maravilhosa!!!

2) Se quiser não fazer nada e curtir a vida de adolescente, mesmo não sendo, vá para Dublin também! As pessoas bebem nas ruas, pulam de bar em bar sem precisar pagar para entrar e ainda tem balada boa.

3) Se estiver viajando sozinho, corra para lá também! A maior parte da população que frequenta o centro é turista, e a maioria viaja sozinho tb.

4) Sempre ande com um guarda chuva. O clima de lá é muito doido.

5) Mesmo sendo salgadinho, vale a pena visitar a Guinness.

6) O St stephen´s Green é muito gostoso. É lá que os jovens se encontram durante o dia para conversa, fazer piquinique, beber e pegar um bronze de roupa. Muito gostoso!!!

7) Vá no verão, pois os dias são longos e lindos!!! A Irlanda é um pais muito frio e nessa época do ano é relativamente fresco.
8) Alimentação: Não tenho muito o que comentar. Comi muito fast food e tive um jantar em um restaurante bacana.

9) Abaixo algumas músicas irlandesas na versão regravada dos The Dubliners:

The Dubliners - Wild Rover
The Dubliners - The Irish Rover
The Dubliners - Whiskey in the jar
The Dubliners- The Rocky Road To Dublin
The Dubliners- Swallow's Tail Reel
The Dubliners - Seven Drunken Nights


Durante a minha viagem mandei vários torpedos para a minha familia dizendo que era uma pena, mas que jamais abandonaria a Irlanda. Acho que se eu não tivesse tanto o que fazer pelo Brasil, eu teria de fato ficado por lá.