Missão: Duas conexões por Bogota
Ano: 2012
Periodo: 12/10/12 e 20/10/2012
Cia Aerea: Avianca
Saldo da Viagem: Valeu pelos novos amigos e para facilitar a passagem pela Receita Federal brasileira
Custo da Viagem: Menos de 200.000 pesos colombianos, equivalente a R$ 250,00
Taxa de Conversão Outubro/2012: R$ 1,00 = $ 800 pesos colombianos
Ok, ok! Sei que ouvi muitas criticas e muitas insinuações ao comentar com meus colegas e amigos de que iria fazer duas conexões de 10 horas por Bogota. Assumo que por alguns minutos eu cheguei a pensar que essa decisão não foi uma das melhores, mas graças a essa conexão eu consegui me livrar da Receita Federal no Brasil e tive o prazer de conhecer pessoas maravilhosas durante a looooonga conexão pelo aeroporto.
A Expectativa
Sorrindo e feliz segui na sexta feira de 12 de outubro rumo a cidade de Bogotá. Como eu estava sonhando em conhecer esse lugar!! Assumo que estava até mais animada para passear por lá do que por Nova York, meu destino final. Infelizmente nem tudo são flores, e assim como é a vida, a expectativa é o maior inimigo de todas as viagens. Não espere muito de Bogota, assim, quem sabe, você pode se surpreender mais.
A Experiência - Dia 1
Ao passar pela imigração fui procurar informações sobre a moeda local. Havia levado o meu cartão com Euro para efetuar saque, porém, não sabia quanto sacar e muito menos quanto valia a nossa moeda por lá. Pela primeira vez eu não me informei nesses detalhes que eu considero de suma importância. Desta forma, saquei 200.000 mil pesos colombianos e fiquei encucada pois uma "maluca local" me informou que era pouco para um dia de turismo. Maluca, pois o dinheiro deu e sobrou. Para constar, 1 real estava sendo comercializado por 800 pesos colombianos no aeroporto.
Sai do aeroporto por volta das 14h e dei uma sorte danada ao pegar um taxista que me cobrou 17.000 pesos colombianos no taximetro no percurso Aeroporto El Dourado - Museu Del Oro (La Candelaria). Havia planejado ir conhecer o Cerro de Monserrate, porém, como estava chovendo, resolvi apelar para os museus e deixar essa programação para o segundo dia.
Chegando ao Museu del oro descubro que o sistema elétrico havia dado pane e que eles não estavam recebendo visitantes. Não acreditei!! Quanta sorte, não?? Como havia levado um mapa local e havia marcado os pontos que gostaria de conhecer, descobri que o museu Botero era bem próximo e assim, resolvi ir andando. Eis que sou surpreendida com um toró de deixar qualquer gato em pânico.
Após muitas informações de moradores locais, algumas cantadas alternativas, alguns olhares vorazes, eis que encontro o tão famoso Museu Botero, FECHADO, claro! Quando fui questionar o motivo do mesmo estar fechado, descobri que a cidade estava sofrendo um protesto dos universitários e a região não estava muito segura para passear. O mais interessante foi as fotos que o fotografo sem dente de um jornal local me mostrou. Fui até a Plaza Del Armas, local que estava tendo a manifestação e tirei algumas fotos da região. O local é amplo e cheio de pombos, ou como eles chamam, cheio de "palomas". Nesta praça conheci um mendigo que se dizia famoso como "guia local" e me contou toda a história da Colombia, uma pena que eu não consegui entender uma só palavra que ele dizia.
Podia algo mais dar errado? Sempre pode!
Protesto Universitário
Plaza Del Armas de Bogota
Mendigo guia turistico da região
As "palomas", popularmente conhecidas como "ratos voadores"
Voltei para a rua da amargura e na frustrada tentativa de almoçar sai de bar em bar perguntando sobre petiscos e indicações. Sem esperança, sentei em uma lanchonete e pedi um prato local, que não preciso dizer, não desceu muito redondo.
Após comer uma parte do meu almoço e deixar a outra parte para alimentar o lixo local, eis que volto a perambular pela rua na esperança de fazer novos amigos e/ou encontrar lugares legais. Percebo que a rua estava esvaziando a cada passo e assim, fui obrigada a questionar um segurança que estava na rua. Fui informada que a Colombia estava jogando uma partida de futebol de suma importância contra o Paraguai. Me senti em um verdadeiro final de copa do mundo.Entrei no primeiro bar que achei no caminho e simplesmente adorei.
Logo arranjei um cantinho abandonado para me sentar sozinha e iniciei o ritual da cerveja. Experimentei a Club Colombia que custava $ 3.000 pesos bolivianos, a cerveja Aguila que custava $ 2.000 e a cerveja poker que também custava $ 2.000.O jogo até que estava animado, mas eu admito que adorei o intervalo dele, afinal, só assim para eu poder escutar uma verdadeira rumba colombiana. O interessante é que sempre que a música se iniciava, as mulheres faziam um tipo "pré dança" onde as duas mãos se erguiam para cima da cabeça e o corpo se endurecia empinando a bunda. Em seguida, podia-se começar a dança no embalo da música. Muito hilário!
Como era de se imaginar, o meu foi o único bar em que o pessoal não conseguiu assistir ao final da partida. A DirecTV do bar deu problema e faltando 20 minutos para finalizar o jogo, ela ficou simplesmente com uma tela azul. Foi preciso ligar o rádio para que o pessoal não fosse embora de imediato. Vocês podem imaginar como é assistir a uma partida de futebol na rádio em espanhol, né?
Saindo do Bar, fiquei assistindo a comemoração da vitória da Colombia e fui seguindo o povo pelas ruas de La Candelaria. Entrei em algumas lojinhas, conheci novos bares, me assustei com os carros do exercito na rua, fui chamada a atenção por um policial por estar tirando foto de um prédio, afinal, era perigoso usar máquina fotográfica no meio da rua (MEDO!) e assim fui procurar algum lugar para iniciar minha night. 
Viajar com segurança - Área central de Bogota
Prédio que me fez ser chamada a atenção pelos policias - Valeu o risco
Assumo que já estava cansada e super desanimada com Bogota. Nada havia saido conforme o planejado e a sensação de "dia perdido" era muito triste. Neste momento, tudo que eu queria era um lugar quentinho e com wi-fi, pois estava chovendo muito e a TIM não estava funcionando de jeito nenhum. Quando estava cruzando a rua com o meu guarda-chuva e desanimo, eis que me deparo com um Karaoke com wi-fi, logo pensei "Yei!!!!". O karaoke era simples, escurinho, mas era simpatico. Arranjei uma mesa do lado de fora (pq mesmo??? Estava um frio da porr@ e chovendo!!!) e fiquei lá no cantinho rindo dos amiguinhos cantores e atualizando o perfil no facebook.
Após saborear outras cervejas locais, eis que me deparo com uma cortesia do bar e uma cortesia de uma das mesas. Em seguida sou convidada a dançar, no meio da pista, com um cidadão simpatico. Quanta vergonha, mas fui! Dancamos e me mudei para a mesa deles. Era um grupo da IBM que estava comemorando algo que eu não entendi direito. Por incrivel que pareca, eles não falavam inglês! Na verdade, ninguém falava inglês lá. WTF duplo?!
Infelizmente, o meu tempo em Bogota já estava se esgotando e meio contrariada, precisei ir embora. A saga para conseguir um taxi estava para começar. Demorei cerca de 50 minutos para encontrar uma alma poluida para me levar para o aeroporto. Simplesmente nenhum taxi parava quando eu acenava. Estava molhada, cansada e atrasada! Pensei em pegar um onibus, afinal, era o que estava passando com maior frequencia, mas os mesmos passavam lotados e não sabia ao certo aonde descer.
Um taxi parou para uma moça e em um espanhol "tosco" tentei convence-la de que eu estava mais necessitada naquele momento. O taxi ignorou a moca e me mandou entrar dizendo que por eu ser brasileira ele iria fazer um preço fechado para mim. Eu disse que não precisava, mas fui totalmente ignorada e o mesmo me informou que a viagem iria custar 35.000 pesos colombianos. WTF??????? Segundo ele "você é brasileira, gosta dessas coisas! Fazem isso direto". Fiquei muito puta, mas no desespero do momento optei por aceitar.
Ao chegar no aeroporto, o filho da mãe de alma impura me fez o favor de me dar o troco errado. Ao receber uma nota de 50.000 pesos colombianos e me dar de troco somente 3.000 pesos colombianos. No desespero de correr para o check in, nem me liguei nisso, somente depois, na hora da contabilização que percebi o problema. A familia dele já esta toda abençoada, fiquem tranquilos.
Para finalizar o dia com chave de ouro, todos os voos foram cancelados devido a chuva, assim sendo, o meu voo saiu com cerca de 3horas de atraso. A única parte boa foi que tive a chance de conhecer a Ammy e a Ilka, São Paulo e Belem respectivamente. Eu literalmente me infiltrei na conversa delas, afinal, o que fazer sozinha com atraso de voo?
Elas foram a minha salvação. Ficamos horas conversando e de cara nos demos super bem. Descobrimos que voltariamos no mesmo voo e combinamos de turistar juntas.
A Experiência - Dia 2
Assumo que depois da experiência do dia 1, eu estava super desanimada de me arriscar pelas ruas Colombianas novamente. Como dessa vez eu já estava acompanhada de mais 2 amigas, as que eu conheci no aeroporto no dia 1, resolvi encarar novamente.
O segundo dia foi mais tranquilo, fizemos amizade com um arquiteto de Salvador ainda no aeroporto e ele havia tido uma experiência anterior melhor que a minha. Mesmo chovendo e com o dia nublado, resolvemos subir para conhecer o Cerro de Monserrate. Valeu a pena!!!
Subimos de bondinho, pois o funicular estava fechado por conta do tempo ruim. O custo para subir foi de aproximadamente 15.000 pesos chilenos por pessoa o percurso de ida e volta. A subida é bem bonita, da para se ver toda a cidade.
O restaurante que fomos era uma gracinha. O preço era acima da média local, mas valia pelo ambiente.
Restaurante Casa santa Clara
Restaurante Casa santa Clara
Almoço Colombiano
Ciro, Ilka, eu e Ammy no restaurante
Dessa vez murphy resolveu ser nosso amigo, e após o almoço a chuva deu uma trégua e conseguimos apreciar um lindo por do sol em Bogota.
Restaurante Casa Santa Clara no Cerro de Monserrate
Por do sol Colombiano - Vista do Cerro de Monserrate
Saimos do cerro e voltamos direto para o aeroporto. Pelo primeira vez me senti "usada e abusada" em um pais da America do Sul.
Novamente o voo atrasou e ficamos horas fofocando no aeroporto, assim, acabamos conhecendo novos amiguinhos.
Resumo da Viagem:
1) Fiquem espertos: os taxistas não podem cobrar valor fixo, é contra a lei local. Somente os taxis brancos são autorizados a trabalhar com preço assim;
2) Se estiver chovendo e os museus estiverem fechados, peça um taxi para o "calle 82" ou "shopping unicentro" e aproveite as compras. Não há muito o que se ver nas ruas.
3) O cerro de Monserrate é bem bonito. Lá tem uma igrejinha muito fofa, aproveite para fazer três pedidos na nova igreja.
4) Como todo bom homem latino, eles também possuem olhar penetrante e te devoram pela rua, entretanto, não possuem muito o mesmo gingado.
5) O povo de uma forma geral é desfavorecido de beleza, as mulheres possuem charme e gingado, mas ainda prefiro as brasileiras.
6) Se você estiver voltando de algum país de interesse da Receita Federal como Nova York, Miami e outros, fazer uma conexão por Bogotá é estratégico. A receita federal me parou e só me liberou pois viu a procedência. Ufa!!! Iria ser prejuizo na certa!
Novamente o voo atrasou e ficamos horas fofocando no aeroporto, assim, acabamos conhecendo novos amiguinhos.
Resumo da Viagem:
1) Fiquem espertos: os taxistas não podem cobrar valor fixo, é contra a lei local. Somente os taxis brancos são autorizados a trabalhar com preço assim;
2) Se estiver chovendo e os museus estiverem fechados, peça um taxi para o "calle 82" ou "shopping unicentro" e aproveite as compras. Não há muito o que se ver nas ruas.
3) O cerro de Monserrate é bem bonito. Lá tem uma igrejinha muito fofa, aproveite para fazer três pedidos na nova igreja.
4) Como todo bom homem latino, eles também possuem olhar penetrante e te devoram pela rua, entretanto, não possuem muito o mesmo gingado.
5) O povo de uma forma geral é desfavorecido de beleza, as mulheres possuem charme e gingado, mas ainda prefiro as brasileiras.
6) Se você estiver voltando de algum país de interesse da Receita Federal como Nova York, Miami e outros, fazer uma conexão por Bogotá é estratégico. A receita federal me parou e só me liberou pois viu a procedência. Ufa!!! Iria ser prejuizo na certa!
